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Criada em 1948 por Dennis Gabor, a holografia apenas foi realizada pela primeira vez nos anos 60 com a utilização do laser. Ainda sem a existência do laser, Gabor pesquisava uma maneira de obter mais nitidez nos registos de microscopia electrónica eliminando as lentes eletromagnéticas. Ao fazer experiências usando a luz de lâmpadas de mercúrio e com filtros de cor, conseguiu provar o que afirmava. Como a coerência da luz utilizada era limitada, não foi possível reproduzir hologramas com profundidade, impedindo resultados tridimensionais.

Já em 1958, o físico Yuri N. Denisyuk, sem conhecer o trabalho de Gabor, inventa uma técnica que permitia ver o holograma por meio da luz branca.

O primeiro laser funcional foi construído pelo físico Theodore Maiman em 1960. Estava assim a porta aberta para o desenvolvimento da holografia em particular. Emmett Leith e Juris Upatnieks de Michigan, em 1962, inspirados por Gabor e com um laser para uso prático, comprovam e realizam os primeiros hologramas de grande qualidade.

Neste mesmo ano de 1962, o físico russo Yuri Denisyuk, inspirado nos trabalhos de Gabriel Lippmann, apercebe-se que o fenómeno de interferência podia ser utilizado para registo de imagens tridimensionais. Esta ideia permitiu a Denisyuk produzir pela primeira vez hologramas visualizados com luz branca. Este tipo de hologramas ficou conhecido como Hologramas de Reflexão

Em 1965, Robert Powell e Karl Stetson publicam o primeiro artigo sobre Interferometria Holográfica. Esta nova técnica permite detectar micro deformações mecânicas, térmicas e acústicas em objetos. Também utilizada no controlo de materiais e sistemas através de testes não destrutivos.

Uma grande inovação, no campo da holografia, acontece em 1968 quando o físico norte americano Stephen Benton descobre a Holografia de Transmissão por Luz Branca, que ficou conhecida como Holografia Arco-Íris. Este tipo de hologramas pode ser visualizado com luz branca e reconstrói uma imagem tridimensional colorida apresentando o espectro da luz branca (arco-íris). 

Em 1969, o físico alemão Adolff Lohmann publica um artigo onde apresenta os primeiros resultados de hologramas construídos por um computador e descobre assim o que hoje é conhecido por Hologramas Gerados por Computador.

Em reconhecimento ao desenvolvimento original da ideia, Gabor recebeu o Prémio Nobel da Física em 1971

A holografia tem sido desenvolvida em dois principais centros: Universidade do Porto e no Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial(LNETI).

A universidade do Porto torna-se uma das pioneiras neste campo, através do professor Olivério Soares que estudou a atividade dos lasers no final da década de 70.

Desde 1996, existe um laboratório de criação de hologramas para segurança (INETI-Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Informação) e uma fábrica de reprodução dos mesmos na Imprensa Nacional Casa da Moeda que em conjunto, são o local de produção de todos os hologramas que se cruzam no nosso dia-a-dia (Portugal e Espanha).

O LNETI tem-se dedicado principalmente ao desenvolvimento de hologramas em gelatina dicromática que em colaboração com a EID (Empresa de Investigação e Desenvolvimento em eletrônica), fez alguns trabalhos sobre a duplicação de hologramas em suportes não convencionais.

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